A Luz

Hoje resolvi escrever esta pequena folha que estava em branco. Guardada, talvez, em meu banco de memória ancestral.
Essa pequena recordação é tão antiga que você tem todo o direito de retomá-la comigo, ou deixa-la no esquecimento, ou ainda jogar no lixo ou na lixeira.
Sabendo, porém, que você também busca na escuridão do seu inconsciente da sua mais profunda noite o seu passado encontrar o seu presente resolvi que devo escrevê-la como parte do meu pretérito, presente e futuro.
Alguém escreveu há muito tempo, que o planeta Terra ia ganhar uma Luz para ficar com a humanidade até o fim. Essa Luz não ia desistir do homem nunca. A Luz ia lutar até ter conquistado todos os seres humanos.
Aconteceu que a Luz veio para Terra aquela noite nunca mais ficou esquecida. A Luz é tão bela que três sábios vão ter com ela e lhes prestam honras. A presença dessa Luz incomodou os orgulhosos, os vaidosos, “donos do saber e do poder”.
Logo, o rei Herodes, ordena a matança de todas as crianças do sexo masculino abaixo de seis anos de idade. Motivo: apagar a Luz do Planeta.
Não conseguindo apagar a Luz resolveram Assassiná-lo. Queriam a qualquer preço que a Luz não iluminasse as trevas.
Pôncio Pilatos assina a acusação de morte na cruz.
Começa agora a grande ameaça para os poderosos: Guardem o corpo da Luz! Disseram.

Onde está o corpo da Luz? Para onde Ele foi? Quem escondeu? Quem roubou? Cadê o manto que envolveu a Luz? Quem ficou?

Cadê o rosto da Luz que ficou no sudário? Quem tem o sudário?

Quem guardou a epigrafe: Jesus Nasareno Rei dos Judeus?

Aonde está a cruz?

Qual o local do Santo Sepulcro?

Que tipo de sangue tinha a Luz?

Qual a cor dos seus cabelos, dos seus olhos, da sua pele?

Qual era a sua altura?

Aonde está o cálice?
Essa é uma história que não termina por aqui.

Essa história é diferente das outras que tem começo, meio e fim.

Imagine a aflição de alguns homens que dizem: “Tudo que começa tem fim”.

           

Essa página não tem fim! Por isso, a escrevi.

Texto: Francisco Valder Carvalho de Almeida